quarta-feira, 25 de maio de 2011

"Cearês X Evangeliquês"

Há uns cinco anos atrás presenciei um choque de dialetos.
O Ceará, conhecido pelas belezas naturais, pelos problemas sociais sérios e que merecem cuidados, também é conhecido pela forma como as pessoas falam, ou seja, pelo seu dialeto, o "Cearês".
Não que isso seja exclusividade cearense, mas alguns ambientes desenvolvem com mais facilidade expressões e jargões que só são compreendidos por quem os freqüenta. Um exemplo são as igrejas que falam o "evangeliquês".
E foi justamente no início da madrugada de um sábado que ouvi uma das frases mais originais que lembro, onde o "cearês" e "evangeliquês" se confrontavam.
Meu vizinho estava bêbado (até hoje é difícil encontrá-lo sóbrio, pois é dependente do álcool) e discutia em voz alta com sua irmã. Quanto mais eles falavam mais os outros vizinhos ascendiam às luzes para ver o que estava acontecendo. Mas o que chamou minha atenção foi o final daquela discussão: "Num bote boneco, não cumade! Fique aí na sua!" - disse ele. "Troço desse só serve pra perturbar nosso juízo!" - disse ela.
"Quem mandou mexer comigo? Agora eu vou lhe aperriar até dizer chega!" - retrucou ele.
"Tá é queimado, tá é queimado, tá é queimado em nome de Jesus!" - bradou ela.
"Ora... Se Jesus já quer é tirar o "nêgo" do fogo! Como é que pode tá queimado?" Perguntou ele, o que pôs fim a discussão.
Minha reação na hora em que ouvi isso foi um misto de riso e choro.
Riso pela forma genial do trocadilho. Não conseguiria ter dado uma resposta melhor e acabar com a discussão. Choro por ouvir o clamor de alguém bem perto de mim e permanecer alheio.
Para escrever essa história pedi a autorização do meu ex-vizinho, que quase me derrubou da cadeira quando foi se levantar do meio fio da Praça Argentina, onde nós conversávamos.
É... Esse cara precisa de apoio. Só assim ele terá a oportunidade de escolher trocar a "água que o passarinho não bebe" por "Água Viva"!
Sei que o desafio é grande: compartilhar com alguém algo que nos custe muito, principalmente o tempo!
Feito por: Welder Cavalcante 
http://estradasou.blogspot.com

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Conhecendo melhor o Dialeto Pernambucano

Geralmente quando agente vai conhecer um lugar é bom saber pelo menos algumas girias e dialetos lá existentes, agora chegou a vez de Pernambuco ser o estado em questão...Ele é muito conhecido na mídia pelo seu carnaval e nele possuir o maior bloco do mundo, o "Galo da madrugada". Então quando você for fazer uma visitinha por lá já vai ficar por dentro de algumas gírias e palavras apartir de agora!

Coisas para ficar atento no carnaval de Pernambuco:

Quando você estiver pulando com o Galo da madrugada, se alguém lhe chamar de cangalha (penas arquedas) não se importe e preste muita atenção pra não levar uma chapoletada (pancada forte) na cabeça, pois em meio a muita gente é preciso ficar atento, então você procura alguém pra chamegar (namorar) pode até ser uma pessoa cheguei (de gosto duvidoso relacionado a modo de se vestir), mas vai ver é a pessoa da sua vida, mas como você ta com um amigo(a) e não quer deixa ele sozinho(a) é ai que você vai cortar jaca ( ajudar seu amigo a arrumar alguém para namorar), nesse caso pode até comer brocha (passar por apuros), mas sempe fica tudo bem e você  curti seu carnaval bem acompanhado (a).


Por Deise Campos